segunda-feira, 15 de março de 2010

De onde sai tanto dinheiro?

Ontem, o Fantástico mostrou uma entrevista com o jogador do Flamento, Adriano.

Há tempos o jogador vem sendo notícia quente devido a vários episódios de envolvimento com bebidas alcoólica, depressão e a mais recente, a briga com a noiva num morro carioca.

Porém o que chamou a atenção foi uma declaração do jogador afirmando ter paixão por relógios, carros e casas. Adriano afirmou ter uma certa compulsão por comprar esses "pequenos" agrados.

A capa daVeja São Paulo desta semana expõe a foto de Ronaldo, fenômeno, e sua esposa Bia, grávida de oito meses da segunda filha do casal, e especula a rotina e fortuna do jogador, avaliada em cerca de 250 milhões de dólares.

Ronaldo, desde que veio a São Paulo para jogar no Corinthians, mora numa cobertura de 600 metros quadrados em Higienópolis, avaliada em 5 milhões de reais. O jogador tem por hábito frequentar restaurantes carésimos e distribuir simplórias notas de cem reais de gorjeta aos garçons. Paga 95 reais ao seu cabelereiro para raspar seus cabelos, além de outros luxos a que se dá o direito de ter.

Fica mais do que claro porque a maioria dos jovens e crianças de classes menos favorecidas sonham tanto em se tornarem jogador de futebol.

Isso tudo é, no mínimo, surreal. Enquanto a maioria esmagadora da população brasileira passa a vida toda lutando para conseguir a casa própria, um jogador de futebol tem compulsão por comprar mansões mundo a fora.

É lógico que eles lutaram para conquistar tudo isso e têm o direito de gastar o seu dinheiro como bem quer. Mas é um tanto quanto revoltante assistir a tudo isso e mudar o canal da TV ou virar a página do jornal e ver tanta pobreza, tanta marginalidade e tantas vidas perdidas em meio a tudo isso. 

Casal Nardoni

Hoje de manhã ouvi pela Rádio Bandeirantes a respeito do julgamento do casal Nardoni. O promotor do caso, Francisco Cembranelli, comentava a respeito do julgamento e de sua confiança na condenação do casal.

O promotor disse que tem plena confiança no juiz que acompanhará o julgamento e disse que não há necessidade de se pedir pena máxima, pois o tal juiz, Maurício Fossem, tem critérios muito bem definidos para julgamentos como este e nem adiantaria ficar "pressionando-o" a aplicar a pena máxima ao casal. Cembranelli acredita, contudo, que pelo menos a pena mínima, que é de 12 anos de prisão, já está garantida ao casal. 

Aí surgem as questões: Oque mais uma pessoa precisa fazer para se ter a pena máxima? Matar a própria filha não é o suficiente? Que justificativa uma pessoa pode dar para explicar o assassinato de uma criança de 6 anos de idade, de forma tão fria e cruel, senda esta criança sua própria filha, que possa amenizar a pena aplicada para o crime?

Definitivamente, tem coisas no Brasil que não tem explicação. E o sistema penal é uma delas.

Agora, estamos nas mãos de um Sr. Juiz, pois a decisão final é única e exclusivamente dele. Vamos agora cruzar os dedos e aguardar por uma decisão no mínimo sensata e coerente.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tumultuado

Tanta coisa acontecendo. Pensando em muitas coisas.

Mas tempo nenhum pra comentar sobre elas.

Espero conseguir logo!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Caso Uniban

O caso da aluna da Uniban que foi massacrada na faculdade por causa da sua roupa já está me cansando.

Primeiro, achei meio absurdo o fato de terem quase apedrejado a menina porque estava usando uma roupa insinuante na faculdade. Não que eu concorde com os trajes, mas vi um certo exagero nos protestos feitos. Estamos em pleno século XXI, tempos em que praticamente "tudo" é permitido, em que a liberdade e o direito de ser e fazer o que quiser são pregados com toda força em todo lugar. Aí, de repente, assistimos uma manifestação quase surreal, em que uma garota tem que ser escoltada pela polícia por causa da sua roupa??? Como Assim?? De repente a sociedade acadêmica ficou moralista? Se resolverem fazer uma "vistoria" em todas as faculdades, universidades e instituições de ensino, acho que muita gente ainda vai ser expulsa!

E hoje, minha surpresa foi ainda maior, a Uniban fez um pronunciamento dizendo que, após analisarem todos os fatos, a aluna foi expulsa da faculdade. Confesso que não entendo mais nada.

Não concordo com a postura da aluna, não concordo com as atitudes dela até aqui, mas também não concordo com a postura da universidade. Sempre acreditei que o ambiente acadêmico seria o lugar mais democrático que pudesse existir, onde pessoas de todos os tipos, de todas as opiniões, religiões, classes convivem civilizadamente.

Eu tenho meus princípios e valores sim, e lá no fundinho, até acho que a menina deveria ser punida. Mas minha razão consegue separar a minha opinião, adquirida pela minha formação, da coletividade e do respeito que se deve às pessoas, independentes da postura que assumem.  Não concordo com o homossexualismo, mas nem por isso vou sair pelas ruas apedrejando todos os casais que vejo pela frente.

Essa história ainda vai render muitas matérias. Veremos as cenas dos próximos capítulos.

A matéria completa aqui.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Até quando???

Essa também veio do Meu canto pra mim.







































Minha pergunta é: até quando veremos situações como essas? Até quando presenciaremos os estragos que as drogas causam em seus dependentes? Até quando o crime será alimentado pela venda dessas drogas?
E ainda falam de legalização das drogas??? Como assim???
OK, a legalização pode acabar com o tráfico ilegal e assim para de alimentar a compra de armamentos pesados por parte dos traficantes, mas e os crimes cometidos pelos próprios usuários?? E os males que a dependência causam no indivíduo???
Os "noiados" se entopem de droga, saem por aí matando e fazendo tudo que a "loucura" os leva a fazer, e depois?? Como é que fica? O efeito passa, o cidadão não se lembra de nada, descobre o que fez, não acredita, se culpa e se afunda cada vez mais nesse poço sem fim.

Querem resolver o problema da violência. Querem tapar um buraco, mas podem abrir outro tão grande quanto.

Até quando meu Deus??

E ainda, lendo os comentários dos leitores sobre a carta acima escrita pelo pai do rapaz, quanto absurdo. As pessoas culpando o pai pelo crime cometido pelo filho. Não quero isentar o pai ou qualquer pessoa da família de culpa, mas daí a dizerem os absurdos que foram ditos também não. Quantas famílias nesse país passam por esse problema todos os dias? Milhares. Quantas famílias conseguem, sozinhas, resolver o problema? Poucas, muito poucas. Será que todas as pessoas que entram para o mundo das drogas o fazem porque tem algum problema familiar? Será que todos os dependentes químicos aderem ao vício porque se sentem rejeitadas, incompreendidos, infelizes familiarmente?

Acho que as pessoas deveriam pensar melhor antes de sair por aí criticando e apontando possíveis erros alheios em pleno jornal. Afinal, não sabemos se amanhã seremos nós a passar por problemas semelhantes e com a possibilidade de também sermos julgados por nossas falhas.

Se as pessoas agissem com mais cautela, se pensassem antes de abrirem a boca e mais ainda antes de agirem, acredito que o mundo seria bem melhor.

Rio 2016.

Esse post estava no outro blog, Meu canto pra mim, mas achei que este aqui seria mais adequado para ele. Então, apenas importando de um blog para o outro:

Não ia escrever nada sobre isso, mas não consegui. Pode ser que daqui a 7 anos minha opinião seja outra, mas quero colocar aqui a que tenho hoje, até mesmo pra poder comparar quando chegar lá.

O Brasil ganhou a disputa para sediar as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Fizeram uma festa, a cidade praticamente parou, o Lula chorou. Tudo muito bonito.

Ok. Legal o Brasil ter ganhado. Pela primeira vez teremos acesso a um evento esportivo desse nível, tirando a Copa de 2014, que também será aqui. Ops, "teremos" acesso? Eis a questão.

Na TV tudo é muito bonito, parece novela com final feliz. Mas e o dinheiro que será gasto com tudo isso? E as pessoas, terão condições de participar do evento? Ou será que vamos passar o que a África do Sul está passando com a Copa do Mundo de 2010, em que a maior parte da população não tem condições de comprar ingresso para assistir aos jogos?

Ao meu ver, parece que a preocupação maior é de como o Brasil será visto pelos outros países, é de provar que o Brasil tem condições de realizar eventos deste porte sem deixar a desejar a nenhuma outra nação do mundo. No entanto, ninguém se preocupa com o que o povo brasileiro acha do Brasil. Ninguém gasta tanto tempo planejando ações que visem melhorar a condição do povo que realmente precisa. Ninguém almeja tanto melhorar a qualidade de vida da população, afinal isso sim refletiria positivamente lá fora.

Do que adianta sediar os jogos olímpicos, se grande parte da população brasileira não tem condições nem de participar deles? Dar ingressos gratuitamente para os que não podem comprar? Isso pra mim é pra quem pensa pequeno e se contenta com pouco.

O que eu queria mesmo era que o Brasil sediasse os jogos sim, mas que não tivéssemos tanta preocupação com a violência, com medo de balas perdidas e tudo mais. Que tivéssemos condição de assistir, senão todos os jogos, aqueles que mais nos interessam, pelo menos. E que soubéssemos que o investimento bilionário em infraestrutura não fosse fazer falta em outros setores, nos quais somos tão carentes.

Enquanto centenas, senão milhares, de famílias ainda não têm acesso a rede elétrica e saneamento básico, o governo gasta bilhões em construção de estruturas esportivas. Enquanto milhões de crianças no país inteiro não têm sequer acesso a um prato de comida, o governo investe tanto dinheiro para organizar um evento desse porte. Pessoas morrem todos os dias devido a condições precárias da saúde pública, quando se tem acesso a ela.

E o que mais irrita nisso tudo, é ver o povo fazendo a maior festa e achando tudo isso uma maravilha. Para investir num evento, do qual poderíamos viver muito bem sem, "acha-se" uma fortuna. Enquanto grande parte da população permanece na zona da pobreza e da miséria, sem acesso às condições mínimas necessárias para se viver dignamente.

Não vou ser hipócrita e dizer que não vou assistir nenhum jogo como forma de protesto. Não. Até porque adoro esportes e se puder vou assistir mesmo, e ao vivo. Mas o que me incomoda é ver tanta empolgação para alcançar um objetivo que, ao meu ver, poderia esperar mais um pouco. Claro que o Brasil terá benefícios com isso. O país será alvo de investimentos nos próximos anos, o giro econômico será muito maior. Se soubermos aproveitar tudo isso em nosso benefício, e quando digo "nosso" refiro-me ao povo, seria ótimo. O difícil é acreditar que não haverá desvio de verba, investimentos desnecessários e tudo mais que estamos acostumados e ver nas notícias.

Espero, sinceramente, estar enganada em minha opinião. E terei o maior prazer de reconhecer isso, se assim realmente for.

Que venha 2016. E que o Brasil consiga, pelo menos, ficar entre os 10 maiores medalhistas olímpicos, porque nem isso ainda conseguimos.


Eu penso assim e ponto.

O primeiro post desse blog é só pra explicar mesmo o objetivo dele.

Já tenho o "Meu canto pra mim", que o próprio nome já diz, é o meu espaço pra mim mesmo, lugar para os meus pensamentos, reflexões e devaneios, além de registrar coisas e fatos que pra mim são interessantes.

Agora resolvi criar o "Eu penso assim e ponto" para escrever sobre fatos e acontecimentos da realidade como um todo e não só aquilo que acontece e pertence a mim mesma. Como estudante de jornalismo, senti a necessidade de escrever mais "tecnicamente", se é que posso chamar assim. Aqui pretendo analisar, sob o meu ponto de vista, notícias e acontecimentos.

O nome surgiu por acaso. Na verdade tentei vários, mas nenhum estava disponível. Foi quando consegui registrar o "Eu penso assim e ponto". Mas isso não significa que o meu modo de pensar seja o mais correto ou que não possa mudar de opinião. Siginifica apenas que eu penso, que tenho uma opinião formada sobre as coisas que acontecem a minha volta e que não estou aqui de bobeira, vendo as coisas acontecerem e achar que tudo faz parte do processo.

Se minha opinião vai siginifcar alguma coisa pra alguém? Sei lá. O fato é que eu penso, eu opino, e para mim é isso que interessa.